terça-feira, 24 de março de 2015

A pequena cidade de Tibagi no Paraná/ Carambeí/ Vila Velha

Fui passar uns dias das minhas férias de Janeiro (2015) em Tibagi! Tibagi? Sim! Essa cidadezinha localizada no interior do Paraná tem 3.000km2 de mata nativa e fica a 200km da capital Curitiba. Tem muitas cachoeiras, rios e até um canyon!


No caminho de São Paulo para Tibagi comecei a estranhar a paisagem. Plantações e plantações de soja formam um mar verde. É muitaaaaa soja! E muitos milhos também! 

Mar de soja 

Mar de milho

Chegando na cidade, procurei uma agência turística para fazer o passeio guiado até o canyon. 
O Canyon Guartelá fica situado dentro do Parque Estadual do Guartelá, criado em 1992. Esse canyon é considerado o sexto maior do mundo em extensão e é o único com vegetação nativa. 

O passeio: acompanhada de um guia, depois de algumas horas de trilha cheguei até uma pedra que possui pinturas rupestres, interessantes de se ver mas ficam escondidas na pedra, não tão fáceis de fotografar. Com a ajuda do guia, uma foto eu consegui tirar! Rs 



Pintura Rupestre: homem pescando

Passando por essa pedra, lá estava ele, o lindo Canyon Guartelá! 



Canyon Guartelá 

Depois de um breve descanso, caminhamos até outros pontos para se ver o canyon e ver também uma cachoeira que fica próxima a trilha e alguns "buracos" nas pedras onde o pessoal curtia algo como uma banheira de hidromassagem de água bem gelada! Rs 

Canyon Guartelá 

Cachoeira com vista para o Canyon Guartelá 

Hidromassagem natural

No dia seguinte, fui conhecer as 2 saltos mais famosos da região. São maravilhosos! Na época que eu fui, as cachoeiras(saltos) estavam vazias, sem turistas! A única companhia que encontrei nelas eram os cachorros dos donos das terras que iam te acompanhando felizes da vida. Sendo até um cão guia pelas pequenas trilhas. Minha decepção foi que no Salto de Santa Rosa não podia entrar na água devido a vários acidentes já ocorridos. Mesmo assim, valeu muito a pena!

O Salto Puxa-Nervos fica localizado no bairro de Barreiro, a 18km de Tibagi. Para chegar até lá, pedi informações ao centro turístico que me deram um mapa da cidade. Chegando ao local, fiz uma pequena caminhada até chegar no salto, tudo isso na companhia de um dog local que amava a água! Nesse salto é praticado o Rapel, porém, não quis me aventurar! Rs 

Salto Puxa-Nervos 

Dog nadador 

O Salto Santa Rosa também fica localizado no bairro de Barreiro, a 18km de Tibagi. Esse salto é incrivelmente lindo! Para chegar até ele, também fiz uma caminhada rápida acompanhada de outros dogs locais! Rs 

Salto Santa Rosa 

Dog local curtindo o Salto Santa Rosa 

Salto Santa Rosa 

No terceiro dia, fui fazer uma trilha dentro da Fazenda Itáytyba. Essa trilha leva até o outro lado do Canyon Guartelá e inclui uma parada em uma cachoeira, uma visita ao museu da fazenda e um almoço muito gostoso com comidas caseiras feitas no fogão a lenha. 

Esse foi um passeio em grupo, guiado por um guia da fazenda. Fomos de ônibus até os atrativos e fizemos uma trilha leve até a vista para o Canyon. 
Achei um passeio muito gostoso, mas a vista que tive do outro lado do canyon foi mais bonita. 

O outro lado do Canyon Guartelá (vejam a cachoeira no canto superior da foto, foi a que estive no dia anterior) 

Na estrada para voltar para Tibagi consegui tirar uma bela foto das várias corujinhas que tem na região.


No quarto dia, fui até a cidade de Carambeí visitar o Parque Histórico. Lá é possível visitar um museu que mostra o desenvolvimento agropecuário do estado do Paraná e a colonização da cidade pelos holandeses. A cidade inteira tem um cheiro ruim devido a fábrica de Batavo e da Perdigão serem localizadas por lá e produzirem ração.

Em Carambeí, não podia deixar de experimentar as famosas e magnificas tortas holandesas da doceria Frederica's Koffiehuis! Com certeza foi a melhor torta que já comi na minha vida! 


Chegando cedo em Tibagi, aproveitei para curtir o por do sol no mar de soja!Rs 


No último dia, resolvi visitar o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa. Não fica muito próximo de Tibagi, mas resolvi aproveitar a oportunidade. 
O parque é bem turístico, cheio de pessoas e ônibus de excursão. Minha dica é chegar cedo (8h,9h) pois os passeios possuem horários e limite de pessoas. Por pouco eu não consigo ir. 

Primeiramente fui fazer a caminhada de meia hora para conhecer os arenitos. 

Arenitos do Parque Estadual de Vila Velha 

E depois embarquei no passeio seguinte para conhecer as furnas e voltei para Tibagi. 

Furnas do Parque Estadual de Vila Velha

No quinto dia, encerrando a minha viagem, hora de pegar a estrada rumo a São Paulo.

Dicas: 
1. Procure ajuda das agências de turismo e das informações turísticas em Tibagi para realizar os passeios. Não é fácil achar as cachoeiras sem o mapa e uma ajudinha, pois a sinalização é quase inexistente.
2. 3 dias são o bastante para conhecer a cidade de Tibagi, se for ficar mais, aproveite as cidades os arredores.
3. Vá comer as tortas! Sonho com elas até hoje!
4. Vá cedo ao parque de Vila Velha.
5. Almoce cedo, não existem muitos restaurantes e ainda menos abertos depois das 14:30h.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Carnaval em Ibitipoca-MG


Carnaval! Praia, calor, bloquinhos, cerveja, pessoas, muitas pessoas, trânsito... Para! Esse carnaval resolvi fugir do agito de São Paulo e ir para um lugar mais distante onde desse para realmente relaxar. O lugar escolhido foi: Ibitipoca! 



Depois de algumas horas de estrada (cerca de 7 horas contando com o trânsito de carnaval sentido MG) cheguei na pequenina cidade de Minas Gerais e é lá que se encontra o Parque Estadual do Ibitipoca, com mais de 1.488 hectares cheios de cachoeiras, grutas e grande atrações para quem gosta de entrar em contato com a natureza. Foi nesse parque que fiz a grande maioria de meus passeios. Uma dica para quem quer se aventurar é acordar cedo (7h), pois há limitação de pessoas para entrar no parque.

No primeiro dia fiz a trilha chamada de Circuito das Águas. Nesse trajeto de mais ou menos 7 km está a belíssima e gelada Cachoeira dos Macacos! 

(Cachoeira dos Macacos)

No segundo dia, optei por fazer uma trilha de Jeep fora do parque e ir até o Pico da Água Santa. Nesse passeio, de mais ou menos 90 reais com uma agência local, estava incluso a gruta da Água Santa, a ida ao pico de Jeep e um almoço bem simples na casa de uma moradora do local. 


(Gruta da Água Santa)

Depois de subir com o carro uma trilha muito esburacada e ingrime, cheguei no Pico da Água Santa, onde existe um muro de pedras feito por escravos que servia para dividir as fazendas que existiam na época. Pensei na dificuldade e no sofrimento que deve ter sido colocar cada pedra naquele local tão alto e distante de tudo.

(Pico da Água Santa)

No penúltimo dia da viagem, fui até a famosa Cachoeira Janela do Céu! Mais de 16 km de trilha com muita subida, mas que valem a pena cada passo. A primeira etapa da trilha é a mais íngreme. O grande primeiro objetivo é chegar até a lombada, a parte mais alta da trilha, e então iniciar uma pequena descida para subir novamente até a tão esperada cachoeira.

(Lombada)

Para essa trilha é recomendado levar muita água e algum lanche, pois a caminhada dura cerca de 6 horas. Eu demorei 7, com paradas para descansar, tirar fotos, beber água e aproveitar a vista e a cachoeira.

(Vista da trilha para a Cachoeira Janela do Céu)

E depois de andar e andar e andar... Eu cheguei! Cheguei em cima da primeira das 7 quedas da cachoeira. A vista e a água gelada são de tirar o fôlego! Ahhh, a subida também é de tirar o fôlego! Ou seja, esse passeio é para quem tem fôlego! 





(Vistas da Janela do Céu)

Vale a pena explorar os arredores da queda, pois são mais tranquilos, sem muitos turistas. O rio que vai até a queda é belíssimo. A cor da água é dourada devido a grande quantidade de matéria orgânica, o que da todo o chame ao local. A volta teve que ser rápida. Uma tempestade ameaçava cair e nessa hora ninguém quer estar molhado em cima de um morro cheio de pedras. Foi nessa hora que descobri que Ibitipoca significa "montanha que estoura", ou seja, caem muitos e muitos raios na região. Todos os dias que estive lá choveu, mas na maioria, a chuva foi no final da tarde. Então novamente a dica é acordar (7h) cedo para aproveitar os passeios.

(Os arredores da queda de água)

E o último dia do carnaval foi acordar cedo e pegar a estrada de volta até São Paulo. Renovada!